Em meados do século XVIII, época em que foi criada a Capitania da Ilha de Santa Catarina e nomeado seu primeiro governador, o brigadeiro José da Silva Paes, foi também construído junto à praça da Vila de Desterro um prédio de três secões e dois pavimentos para ser a nova "Casa de Governo".
Durante quase um século, o Palácio passou por diversas modificações até que uma grande reforma foi realizada por artesãos uruguaios no primeiro governo de Hercílio Luz.
No período republicano foi palco de importantes acontecimentos políticos, sociais e militares.
Em 1977 deu-se início a um grande trabalho de restauração do edifício, que passou a denominar-se, em 1979, Palácio Cruz e Sousa, em homenagem ao grande poeta catarinense.
Em 1984 o prédio é tombado como patrimônio histórico do Estado e iniciam-se novas obras de restauração, as quais lhe devolvem as características arquitetônicas originais da reforma feita pelo governador Hercílio Luz em 1898.
Em 1986, reaberto, passa a sediar o Museu Histórico de Santa Catarina.
Característica arquitetônica e o Acervo
O Palácio é um importante exemplar da arquitetura eclética do final do séc XIX, caracterizando-se por uma conciliação de estilos anteriores, principalmente o neoclássico e o barroco.
Sobre as platibandas do telhado existem figuras simbólicas modeladas em cimento: deus Mercúrio, Santa Catarina e outras.
Internamente destacam-se o trabalho de marchetaria com influência portuguesa nos assoalhos, as pinturas das paredes, os detalhes em gesso nos tetos - que têm um significado relacionado à antiga utilização das salas - e o vitral em estilo art-nouvean da Sala de Jantar da Nave Central.
O mobiliário, os utensílios e as obras de arte, em exposição ou na Reserva Técnica, formam o acervo que foi sendo adquirido pelos sucessivos governos.
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